Estratégias em sala de aula garantem aprendizado de todos
Pesquisa realizada pelo americano Martin Carnoy, professor de economia da educação da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, mostra que o professor no Brasil passa mais tempo escrevendo na lousa de costas para o aluno. A perspectiva brasileira ressaltada pelo pesquisador, não faz jus à realidade de muitas escolas particulares brasileiras, que têm programas de gestão em sala de aula, currículo definido e acompanhamento constante das aulas e habilidades do corpo docente.
Uma escola onde exista bons professores, que sabem dar aulas, que têm técnicas de aula e se valem de várias ferramentas, colaboram para o desenvolvimento do aprendizado de uma classe heterogênea.
Para a presidente da ABD - Associação Brasileira de Dislexia, Rosemari de Mello, o aluno disléxico tem seu desenvolvimento intelectual em movimento, se for aluno de um professor preocupado com o aprendizado de toda uma classe. Para entrevista: Rosemari M. de Mello/ presidente da ABD
Escola Viva - A educadora Adriana Ferreira orienta os professores no planejamento de suas aulas. "Quando vou orientar o professor, já sei a configuração de sua classe. E ele também sabe! Por exemplo: se uma classe tem alunos com problemas de leitura, o professor se vale de algumas ferramentas. Primeiro anuncia aos alunos qual é o foco do trabalho e o que a escola pretende que os alunos aprendam. Também pode fazer a leitura compartilhada, para maior compreensão dos alunos, listas de palavras chaves e etc.
Escola Stance Dual - A coordenadora pedagógica do ensino fundamental - Andréa Zinni - orienta os professores que coordena a planejarem suas aulas utilizando uma diversidade de ferramentas - multimídia, áudio, vídeo, jornal, revista e etc. "Se o professor dá uma aula fora do mastigado do livro didático e investe em novas ferramentas, ele atinge a todos os alunos", diz.
Escola Móbile - "Nossos professores são capacitados a aprender uma série de técnicas de transmissão oral, da mesma forma que os alunos são capacitados a adquirirem técnicas que favoreçam a captação do conhecimento", diz a diretora pedagógica Cleuza Vilas Boas Bourgogne.
"A partir do momento que o professor tem claro de que é na sala de aula onde ocorre o intercâmbio oral, ele começa a pensar no planejamento de suas atividades em classe, levando em consideração a faixa etária dos alunos, o conhecimento prévio que já têm sobre o tema a ser abordado, e as diversas estratégias necessárias para o desenvolvimento de uma aula com um objetivo final", explica a diretora.
Escola Carlitos - Na metodologia que os alunos utilizam para fazer os registros diários, existe a supervisão de todo corpo docente da Escola, do professor ao diretor. "Ensinamos a eles que um título deve vir com outra cor ou grifado e que é melhor pular linha em função de determinado conteúdo. A formatação visual adequada organiza o conhecimento e ajuda na sua aquisição", diz a coordenadora pedagógica, Laura Piteri. Para entrevista: Laura Piteri/ coordenadora pedagógica
Colégio Pentágono: O Colégio Pentágono, com três unidades em São Paulo, contratou os serviços da educadora e especialista em gestão de sala de aula, Silvia Tuono, que concorda com o economista Martin Carnoy sobre a necessidade de acompanhamento constante. A especialista é adepta da prática de filmar aulas há 27 anos, e acredita que a prática dá segurança ao professor, que depois de assistir sua aula no vídeo, sabe apontar onde pode melhorar.